A desobediência do homem lhe
resultou na perda do Paraíso em que fora colocado.
A Serpente, ou antes Satã dentro
da Serpente, motivou essa desgraça, depois que ele, ainda no Céu, revoltou-se
contra Deus incluindo em seu partido muitas legiões de anjos. Por ordem de Deus
foi expulso de lá caindo nas trevas exteriores chamadas “Caos”, juntamente com
seus seguidores. Ali, Satã ficou boiando com seu exército num mar de fogo num
momento de desorientação e desgraça. Afinal torna a si como se acordasse de um
sono profundo, chama por aquele que era o seu imediato em dignidade e poder, e
que ali perto estava. Conferem ambos acerca de sua miserável situação. Satã
brada por todas as suas legiões que até então se conservavam na mesma confusão
e letargo. Levantam-se todos. Mostram-se o seu número e ordem de batalha.
Dizem-se os nomes de seus principais chefes que correspondem aos ídolos, que mais
tarde seriam conhecidos na terra de Canaã e países daquela região. Satã
dirige-lhes a palavra, anima-os com a esperança de ainda reconquistarem o Céu,
e por fim noticia-lhes que segundo uma profecia em voga no Céu, seria criado um
novo mundo e uma nova qualidade de criaturas. Para achar a verdade dessa
profecia e o que se havia de fazer depois, ele convoca uma plena assembleia com
seus sócios. O Pandemônio, palácio de
Satã, ergue-se subitamente construído no agora proclamado Inferno. Os pares
infernais ali se assentam em conselho.
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